Ser Escritora: sobre Escritas e Palavra – Balanço de 2018

RETIDO num rascunho adiado, vem à luz já em 2021, este texto meu de 2018.

Coíbo-me de o corrigir e adequar ao contexto da pandemia:  subscrevo tudo o que se refere ao acto e âmbitos da escrita; a pandemia veio exigir menos co-presença sem reduzir a importância de escrever e revolucionando em absoluto o lugar da escrita e das relações on line.

Tenho, só, de acrescer um dado que o final deste texto referia: ” 2019 é o 22.º ano como escritora editada ” – e, por isso, foi editada pela Labirinto Editora, a obra

Digna Irreverência. Brava Comoção/ Digna Irreverencia. Aguerrida Comoción. ANTOLOGIA BILINGUE. 22 anos, 22 poemas. Tradução: Jacqueline Alencar. Preâmbulo: Leocádia Regalo. Editora Labirinto, Col. Contramaré.  Outubro.

Que também assumo e vos recomendo: que nada fique nos rascunhos: Viva 2021 !”

“Escrever é uma incontornável actividade que me coloca, sempre, na relação com ‘o outro’ e com o mundo – a partir de mim, pois só a partir de mim vivo, embora possa inventar múltiplos narradores.
Assim, quando escrevo no ( como narrador) masculino ou como ‘puta’ ou como escrava ou como ‘Deus’ etc, NÃO É da minha vida que falo: é a partir de mim que falo-escrevo sobre essas vidas-vivências para provocar-criar.
O quê? Emoções, sentimentos, perspectivas, pontos de vista, consciencializações, efeitos de espelho,
confrontos íntimos, reacções, conforto, desconforto, empatia, repulsa — criar , em quem ler, um estado ou olhar forte. Por isto escrevo Literatura – Poesia e Prosa.
Distintos são os motivos da minha escrita sociológica ( olhar científico); e dos meus contributos recentes para a PNL e o trabalho enquanto Coach; como distintos são das notas ou posts de tomada de posição e de animação dos meus murais nas redes sociais; e, é claro, da comunicação inter-pessoal por mensagens – que declino sempre a favor da comunicação por co-presença física ou telefónica-via video, quando possível.
Estes tão distantes objectivos e pontos de partida das várias ESCRITAS que pratico estão muito bem integrados dentro de mim: se os não praticasse é que eu não seria uma pessoa integrada – seria incompleta, limitada e, por isso, infeliz.
Percebe-se que seja este o motivo pelo qual anoto sempre segundo que ‘voz’ assino o que publico – quando indico ‘Escritora’ ou ‘Socióloga’ ou ‘Coach PNL’ é para se entender de que ‘plataforma’ vos contacto; é para clarificar com que objectivo e com que recursos estou a comunicar.
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Desconheço – e nem admitiria , se acaso mo pedissem – temas tabu ou assuntos proibidos à minha Escrita, seja ela qual fôr.
Do mesmo modo que coloco total verdade no uso que faço da Palavra Falada.
“Espada e Rosa ”.
“Pulso de ferro, mão de veludo” – estas metáforas ( consagradas como lemas, até por altas entidades do conhecimento ) resumem bem essa busca de verdade pela Palavra, que é um Modo de Agir e Ser.
Se elogio ( a ‘rosa’ ou a ‘mão de veludo’), faço-o por imperativo da minha verdade.
Se questiono ou discordo ( a “espada” ou o “pulso de ferro’), é também o mesmo imperativo de verdade que, no limite, visa a justiça.
Ora, segundo algumas Filosofias, Verdade e Justiça SÃO o estado máximo da Beleza.
Assim, Verdade, Justiça e Beleza – reptos e altos valores da minha Vida que busco incansavelmente – TAMBÉM através das Escritas ( e dos vário narradores e autoridades que acciono); e através das Conversas – modo de me Viver pelas Palavras.
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2018 foi um ano em que muito lavrei a Palavra – com expressão, sobretudo, nos 2 trabalhos sociológicos que apresentei no Congresso ibero-americano de Junho (Fortaleza, Br); pelos inéditos e rascunhos literários que arrisquei na minha página do facebook [https://www.facebook.com/emetoscano]; e em torno do desenvolvimento pessoal e do alto desempenho [ https://www.facebook.com/MariaToscano CoachPNL/?modal=admin_todo_tour- ].
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2019 é o 22.º ano como escritora editada.
Votos de que seja um ano tão ou mais frutífero para mim e todos os meus leitores.
Viva a Palavra – a nossa Pátria, mesmo que inconscientemente…
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Maria Toscano. Escritora.
Av. da Liberdade, Lisboa – cidade branca.
30 Dezembro/2018.
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NOTA: para quem se interesse – e do ponto de vista do conhecimento e das ciências sociais e da comunicaçào -, na minha tese de doutoramento encontra um ponto relativo especificamente aos distintos tipos de escrita: é só pesquisar pelo meu apelido, no Repositório ISCTE-IUL e, no vol I, procurar no Índice.

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